Vizualizar Versão Completa : Linux, Entendendo o Sistema


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28-09-2008, 02:08 PM
Linux, Entendendo o Sistema
DEIXANDO BEM CLARO QUE NÃO É DE MINHA AUTORIA.


O livro Linux Entendendo o Sistema foi um dos primeiros sucessos da GDH Press, vendendo 4 mil exemplares em menos de um ano. Como o título sugere, ele é um guia rápido que mostra como Linux funciona, apresentando os aplicativos e os principais recursos do sistema, ajudando a entender a enorme variedade de distribuições que temos disponíveis. Este livro já está esgotado, mas você pode lê-lo online.
Autor: Carlos E. Morimoto
304 páginas
Formato: 23 x 16 cm
Editora: GDH Press e Sul Editores
ISBN: 85-99593-04-8
Lançado em: Janeiro de 2006


:. Descrição

Muita gente usa Windows sem utilizar nada muito além das funções básicas. Da mesma forma, muita gente usa Linux sem entender como o sistema funciona, sem saber como resolver problemas comuns e sem usar mais do que alguns dos programas pré-instalados.
Até certo ponto, é mais difícil ensinar Linux, pois existem muitas distribuições diferentes, com conjuntos diferentes de programas e utilitários de configuração. Existem também as diferenças entre o KDE e o Gnome e as diferenças na instalação dos programas, só para citar alguns fatores.
Mas, na minha opinião, não existe sistema difícil, existem livros e tutoriais mal escritos ;). Este é um livro dedicado a explicar como o Linux funciona, explicando as diferenças entre as principais distribuições e se aprofundando em duas delas: O Kurumin e o Ubuntu. A maior parte das dicas também se aplica ao Debian e a outras distribuições derivadas dele, dando-lhe uma boa base para utilizar também outras distribuições.
Este é um livro para iniciantes, no sentido de que você não precisa de muitos conhecimentos prévios para acompanhá-lo, mas sem cair no erro de se limitar apenas a explicações superficiais. Este não é um livro que se destina a fazer propaganda ou mostrar como é fácil usar Linux, mas que mostra o sistema como ele é, lhe oferecendo uma curva acentuada de aprendizado.
Ele começa do básico, explicando o básico sobre hardware, redes e programação, para depois abordar as diferenças entre as distribuições e os componentes básicos do sistema partindo em seguida para a parte prática. Uma das grandes preocupações é explicar de forma clara, lhe tratando como a pessoa inteligente que é.

O autor:

Carlos E. Morimoto é o criador do guiadohardware, o maior site técnico do país. Seu trabalho inclui mais de mil artigos, tutoriais e dicas, publicados no site, projetos de desenvolvimento em Linux, cursos, palestras e a publicação de 16 livros técnicos sobre hardware, redes, servidores e Linux, entre eles os livros Hardware, o Guia Definitivo; Redes, Guia Prático; Servidores Linux, Guia Prático; Linux, Entendendo o Sistema e Linux, Ferramentas Técnicas.


:. Índice do livro

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Antes de começar a falar sobre as diferentes distribuições Linux, vamos começar com algumas noções básicas sobre como um PC atual funciona, para que você possa começar a entender melhor a coisa do ponto de vista do sistema operacional. Existem duas maneiras de representar uma informação: analogicamente ou digitalmente. Uma música é gravada numa fita K7 de forma analógica, codificada na forma de uma grande onda de sinais magnéticos, que pode assumir um número ilimitado de freqüências. Um som grave seria representado por um ponto mais baixo da onda, enquanto um ponto mais alto representaria um som agudo.
O sistema digital, por sua vez, permite armazenar qualquer informação na forma de uma seqüência de valores positivos e negativos, ou seja, na forma de uns e zeros. O número 181, por exemplo, pode ser representado digitalmente como 10110101. Qualquer tipo de informação, seja um texto, uma imagem, um vídeo, um programa, ou qualquer outra coisa, será processado e armazenado pelo computador na forma de uma grande seqüência de uns e zeros.
Os computadores são o exemplo claro do cúmulo da burrice, afinal eles só conhecem dois valores e precisam adaptar tudo a esta concepção limitada que possuem. Eles também não são capazes de tomar decisões por mais simples que sejam, pois um e zero não dão margem para interpretação. Um é um, zero é zero e ponto final.
Sempre existe um ser humano orientando o computador e dizendo a ele o que fazer a cada passo. Seja você mesmo, teclando e usando o mouse, ou, num nível mais baixo, o programador que escreveu os programas que você está usando.
Quando o computador trava significa justamente que chegou a uma situação onde ele não sabe o que fazer. O programador estava com sono e esqueceu de fechar alguma função ou de verificar alguma variável. Como disse, o computador não sabe lidar com situações inesperadas: quando não sabe o que fazer, simplesmente empaca.
Sempre que alguém lhe disser que "não entende nada de computadores", explique que é impossível ser mais burro que eles. Lembre-se de que você é o ser pensante que está no comando.
[URL="http://www.gdhpress.com.br/entendendo/leia/cap1-4_html_93c1b2a.jpg"]http://www.gdhpress.com.br/entendendo/leia/cap1-4_html_93c1b2a.jpg (http://www.gdhpress.com.br/entendendo/leia/cap1-4_html_93c1b2a.jpg)
Mas, por outro lado, é justamente o uso do sistema binário que torna os computadores confiáveis, pois a possibilidade de um valor 1 ser alterado para um valor 0, o oposto, é muito pequena. Lidando com apenas dois valores diferentes, a velocidade de processamento também torna-se maior, devido à simplicidade dos cálculos.
Imagine que os computadores são os funcionários perfeitos: eles não se importam de ficar fazendo tarefas repetitivas por longos períodos, não reclamam de ficar trabalhando durante a madrugada baixando um arquivo ou compactando um vídeo, não tiram férias e ainda por cima não recebem salário! Tudo bem, eles travam de vez em quando, mas por outro lado fazem tudo o que você manda no resto do tempo :-P.
Cada um ou zero que é processado ou armazenado é chamado de "bit", contração de "binary digit" ou "dígito binário". Um conjunto de 8 bits forma um byte, e um conjunto de 1024 bytes forma um Kilobyte (ou Kbyte).
O número 1024 foi escolhido por ser a potência de 2 mais próxima de 1000. É mais fácil para os computadores trabalharem com múltiplos de dois do que usar o sistema decimal como nós. Seja compreensivo com as limitações de nossos pobres serviçais: lembre-se de que você é mais inteligente do que eles, então como todo ser superior é seu dever fazer algumas concessões de vez em quando ;).
Um conjunto de 1024 Kbytes forma um Megabyte e um conjunto de 1024 Megabytes forma um Gigabyte. Os próximos múltiplos são o Terabyte (1024 Gibabytes) e o Petabyte (1024 Terabytes), Exabyte, Zetabyte e o Yotabyte, que equivale a 1,208,925,819,614,629,174,706,176 bytes :).
Não se sabe se algum dia todos estes múltiplos chegarão a realmente ser usados. Para armazenar um Yottabyte inteiro, usando tecnologia atual, seria necessário construir uma estrutura colossal de servidores.
Imagine que, para manter os custos baixos, fosse adotada uma estratégia estilo Google, usando PCs comuns, com HDs IDE. Cada PC seria equipado com 4 HDs de 250 GB, o que resultaria em aproximadamente 1 Terabyte por PC. Estes PCs são então organizados em enormes racks, onde cada rack tem espaço para 1024 PCs. Os PCs de cada rack são ligados a um conjunto de switchs e cada grupo de switchs é ligado a um grande roteador. Uma vez ligados em rede, os 1024 PCs são configurados para atuar como um enorme cluster, trabalhando como se fossem um único sistema.
Construímos então um enorme galpão, capaz de comportar 1024 destes racks, construindo uma malha de switchs e roteadores capaz de ligá-los em rede com um desempenho minimamente aceitável. Este galpão precisa de um sistema de refrigeração colossal, sem falar da energia consumida pelo mais de um milhão de PCs dentro dele, por isso construímos uma usina hidrelétrica para alimentá-lo, represando um rio próximo.
Com tudo isso, conseguimos montar uma estrutura computacional capaz de armazenar 1 Exabyte. Ainda precisaríamos construir mais 1.048.575 mega-datacenters como este para chegar a 1 Yottabyte. Se toda a humanidade se dividisse em grupos de 6.000 pessoas cada um e cada grupo fosse capaz de construir um ao longo de sua vida, deixando de lado outras necessidades existenciais, poderíamos chegar lá :-P.
Voltando à realidade, usamos também os termos Kbit, Megabit e Gigabit, para representar conjuntos de 1024 bits. Como um byte corresponde a 8 bits, um Megabyte corresponde a 8 Megabits e assim por diante. Quando você compra uma placa de rede de "100 megabits" está na verdade levando para a casa uma placa que transmite 12.5 megabytes por segundo, pois cada byte tem 8 bits.
Quando vamos abreviar, também existe diferença. Quando estamos falando de Kbytes ou Megabytes, abreviamos respectivamente como KB e MB, sempre com o B maiúsculo.
Por outro lado, quando estamos falando de Kbits ou Megabits abreviamos da mesma forma, porém usando o B minúsculo: Kb, Mb e assim por diante. Parece só um daqueles detalhes sem importância, mas esta é uma fonte de muitas confusões. Se alguém anuncia no jornal que está vendendo uma "placa de rede de 1000 MB", está dando a entender que a placa trabalha a 8000 megabits e não a 1000.
Você tem uma boa chance de ficar rico (e ter que fugir pouco tempo depois ;), anunciando pendrives de 4 Gb (Gigabits), pentes de memória de 8 Gb e HDs de 2000 Tb (Terabits), por preços pouca coisa maiores que os de 512 MB, 1 GB e 250 GB dos concorrentes :-p.




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