Vizualizar Versão Completa : Anatel e Telefônica divergem sobre data de suspensão de venda do Speedy


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22-06-2009, 02:51 PM
A suspensão da venda de novas assinaturas do Speedy vale a partir desta segunda-feira (22/06), informou a assessoria de imprensa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo o órgão regulador, a publicação das medidas punitivas no Diário Oficial da União vale como notificação oficial para a empresa.
Já a Telefônica diz, por meio de sua assessoria de imprensa, que legalmente tem um prazo de 24 horas a partir da notificação para acatar as determinações da agência. Considerando esses termos, a venda do Speedy seria suspensa a partir desta terça-feira, junto com o atendimento das demais decisões do órgão regulador.
Em comunicado à imprensa, a operadora declara que ainda não tem conhecimento dos termos do processo em trâmite na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e não recebeu cópia do ato. Por isso, a empresa aguardará o recebimento do documento para se pronunciar de maneira mais ampla sobre o assunto.
O sócio da Koury Lopes Advogados, Guilherme Ieno, avalia que se a Telefônica permanecer vendendo o serviço de banda larga Speedy nesta segunda-feira (22/6) terá de ser multada. "A decisão vale a partir da data de publicação no Diário Oficial da União e não especifica prazo", diz ele.

Entenda os problemas da Telefônica
A Telefônica enfrentou várias panes em seus serviços de banda larga e de telefonia fixa nos últimos 12 meses. A mais séria delas aconteceu em julho de 2008, quando os clientes da empresa ficaram por 36 horas sem o Speedy. Na ocasião, um problema no roteador, equipamento que faz o controle do tráfego da internet, em Sorocaba, interior de SP, foi apontado pela empresa como o responsável pela pane.
Em abril, o serviço de banda larga da Telefônica ficou instável por quase uma semana. A empresa apontou ataque de crackers como o motivo para a instabilidade do Speedy. No começo de junho de 2009, foi a vez da telefonia fixa enfrentar problemas, deixando mudos telefones de várias regiões do Estado de São Paulo por 14 horas.
Dessa vez, a Telefônica culpou um prestador de serviço, que cometeu uma falha humana, de acordo com comunicado distribuído pela operadora.
Uma reportagem do Computerworld, que ouviu especialistas e ex-funcionários do alto escalão da operadora, aponta que a excessiva terceirização de serviços e a falta de investimentos estão na raiz dos problemas enfrentados pela operadora.
Nesta semana, nova instabilidade afetou os usuários do Speedy. A Telefônica disse que os problemas eram localizados e não afetavam vários clientes do serviço.

Créditos www.idgnow.com.br (http://www.idgnow.com.br)
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