Vizualizar Versão Completa : Histórias Macabras!!!!!


Nosyel
01-04-2009, 05:41 PM
http://www.geocities.com/puroterror999999/ben.gif

Olá amigos, estou abrindo esta tópico para contar pra vcs algumas historinhas que sei para vcs, mais fiquem avontade para contar as suas também todas seram bem vindas e eh bom q o tópico fica movimentado, mais uma área para diversão ou inquietação aqui no Motomodd, pois garanto a vcs q depois destes meus contos nunca mais vcs iram dormir novamente MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA :eek:

Nosyel
01-04-2009, 05:44 PM
http://www.geocities.com/puroterror999999/lobo.jpg

:eek: No interior de Minas Gerais, contam a história de um sujeito, que se perdeu em uma mata. Ficou vagando por dias, sem água ou comida. Estava todo maltrapilho e a beira da morte.
Ao longe, pôde avistar em uma clareira, um cão que latia para ele. Por um momento pensou que fosse uma alucinação causada pelo seu estado debilitado. Chegando mais perto, pode constatar que de fato era um cão que se afastava a passos lentos, cada vez que o homem se aproximava.
Pensava o homem: "Se há um cachorro aqui, devo estar perto de alguma habitação, alguém deve morar por perto, vou seguí-lo."
Andava na direção do animal, que se afastava como que mostrando o caminho, para o sujeito. Após algumas horas, o homem avistou uma pequena casa, mal construída, feita de barro e palha, onde um casal sentado a porta, conversava sobre amenidades.
Feliz e desesperado, o homem correu na direção dos dois moradores, sentiu-se salvo. Os dois, assustados, receberam o homem, tentando entender o que havia se passado.
Depois de beber um pouco de água e se recuperar, o sujeito contou a história, falando do cachorro que o havia guiado pela mata até a casa onde eles se encontravam.
Entreolhando-se, os dois moradores desconfiaram da história, dizendo que não havia nenhum cachorro por aquelas redondezas. Ele, então, se propôs a levar o casal até o local onde havia encontrado o cão pela primeira vez.
Ao chegar lá, nada viram, a não ser uma cruz cravada sobre uma cova rasa, que o morador informou tratar-se do túmulo de seu filho que havia sido assassinado por uma matilha de lobos. :eek:

Nosyel
01-04-2009, 05:55 PM
http://www.geocities.com/puroterror999999/cruz.gif

:eek: Minha familia havia comprado um sitio muito antigo na cidade de Pinhal do Sudoeste, corria uma história na cidade de que a antiga dona da casa havia sido assassinada pelo seu ex-amante a punhaladas dentro de um dos quartos, por isso aquele sitio era assombrado, ninguém deu muita importancia ao fato, achavamos que era coisa de caipira. Já na primeira noite, eu que era completamente incrédulo passei a respeitar todas as lendas e hisória que o pessoal conta pelo Brasil afora. O sitio era bem grande e antigo com uma aparencia sinistra, tinha 4 quartos, a cozinha não era ligada com o casarão antigo, nem o banheiro, por isso a noite eu tive que dar a volta pela casa para conseguir tirar agua do joelho, neste momento pude perceber alguem parado próximo a um arbusto me observando, nem fui ao banheiro, voltei correndo o mais rapido que pude e enfiei-me em baixo dos lençóis, passando a ouvir varios ruidos pelo corredor, arranhando as paredes, e as vezes até uns gemidos de dor, até que de repente tudo ficou no mais absoluto silencio, ouvindo apenas os animais noturno. Quando amanheceu o dia não contei nada a ninguém. O dia estava correndo normalmente, vez ou outra, viamos algum animal andando pelas arvores ou colhendo frutos no chão, a tarde passou e a noite chegou. Eram aproximadamente 2:00hs da manhã, quando o barulho começou novamente, eu tremia todo de medo, a porta do quarto estava entreaberta, como não havia iluminação elétrica no sitio (o sitio era bem antigo, mesmo), minha mãe deixou uma lamparina no meio do corredor, isso fazia com que eu conseguia ver se alguém passava diante do meu quarto, quando percebi alguém andando em direção ao quarto dos meus pais, achei que fosse minha mãe, pulei da cama corri para o corredor, pois estava com medo e tinha um sofá velho no quarto dos meus pais eu achei que minha mãe deixaria eu dormir lá, já que esta seria nossa ultima noite naquele sitio velho e bizarro, assim que alcancei minha mãe no corredor eu a toquei pelo ombro, e tomei um susto enorme, não era a minha mãe, era uma outra mulher em estado de decomposição, no lugar de seus olhos, percebi apenas manchas de sangue, gritei e sai correndo em direção ao meu quarto, joguei-me em cima da cama e a figura monstruosa estava parada na porta do quarto olhando para mim, não me lembro de ter visto meu irmão, porém ouvi seu grito, chamando meu pai, quando olhei novamente em direção da porta, já não havia mais ninguém, segundos depois entraram meu pai e minha mãe no meu quarto, eu contei o que havia acontecido mas eles não se importaram muito, até o meu irmão dizer que havia visto alguem parado na porta do meu quarto, ele achou que fosse minha mãe, e a chamou, mas quando ela virou ele percebeu que não, ele viu que era uma mulher velha e feia com o rosto pálido que parecia que ela estava morta. Parece que quando meu irmão contou essa história, meus pais perceberam que não era pesadelo que eu tive, pois nunca ouvi casos de pessoas que partilham seus pesadelos. Nós ficamos com aquela casa cerca de 3 anos, até que de tanto eu não ir, meus pais resolveram vender o sitio.:eek::eek:

Matt2
01-04-2009, 06:07 PM
Mto boas histórias!!:D

Nosyel
01-04-2009, 06:10 PM
vlw mano postarei mais algumas assim q terminar de edita-las, mais todos estão convidados a postarem as suas também sejam todos bem vindos, abraços!!!!!

guinho w.a
01-04-2009, 11:10 PM
Também achei boa as histórias.
Isso me lembra o seriado Sobrenatural.

Nosyel
02-04-2009, 12:43 AM
tem muitas ainda de onde sairam estas, estou so terminando de editar ai postarei elas aqui aguradem vcs vão perder o sono ehehehehehehehehehe !!!!!!!

Nosyel
02-04-2009, 02:47 AM
http://www.geocities.com/puroterror999999/crianca.jpg

Esta foto foi tirada em 1945, por Thomas Brown, um fotógrafo que trabalhava no bosque Beatyfull Green. Thomas era conhecido por tirar fotos de namorados que iam ao parque. Neste dia não foi diferente, Thomas estavá lá com sua máquina, quando apareceu um casal. Thomas por sua vez tirou uma foto deles,mas na revelação Thomas ficou espantado. Atrás do casal apareceu uma mancha branca que tinha um formato de uma pessoa.Thomas Brow ficou tão chocado que não entregou a foto ao casal. Ao longo do tempo Thomas começou a estudar a foto e a vida do casal que posou nessa foto macabra, mas nada consegui Brown. Depois de um tempo Brown, decidido foi até a casa do casal e mostrou-lhes a foto. Julia e Robert também não solberam explicar o fato daquela aparição. O tempo passou,Thomas Brown faleceu, e sua busca incessante pelo fato não foi concluida. A foto ficou junto com seu filho que, por azar de Brow, não acreditava em fantasmas. Mas o fato só foi se desenrolar em meados de 1973 quando o netinho de Julia ,que se chamava Kevin, achou um saco enterrado no jardim da casa. Ao abrir o saco, deparou-se com uma ossada humana. Aquilo foi um choque para Kevin que tinha apenas 8 anos. Mas no exato momento que Kevin estava gritando e chamando Julia, estava passando um carteiro e viu a cena que o garoto transmitia com muito horror. O carteiro por sua vez foi acudi-lo, e no exato momento viu o saco de ossos que estava na frente do menino. Abismado com o que viu, foi imediatamente à polícia local. A polícia ao chegar na casa onde estava o corpo, foi rápidamente interrogar a dona da casa, que por sinal estava muito inquieta e não quis dar depoimento. Os policiais acharam aquilo muito estranho,afinal a casa era dela. Levaram-na para a delegacia e obrigaram-na a dar o depoimento, foi neste momento que a verdade foi esclarecida. " A mãe de Julia era contra o seu namoro com Robert, e proibiu Julia de ve-lô, mas como Robert tinha um amor muito grande por ela, ia encontra-lá toda noite. Mas certa noite enluarada a mãe de Julia pegou os dois juntos, e imediatamente foi pra cima de Julia para castigá-la violentamente, mas Robert sigurou-a pelos braços e Julia furiosa pegou uma pá que estava no jardim e bateu violentamente na cabeça de sua mãe. O sanque espirrou na cara de Robert, e a mãe de Julia caiu no chão toda ensanguentada. Julia disse aos policiais que ela e Robert não se desesperaram nem um pouco, e alêm disso enterrô o cadáver em seu próprio jardim. O delegado ficou chocado com aquilo tudo, e providênciou um internamento em um manicômio para Julia passar o resto de sua vida. O filho de Thomas soube do caso e ficou horrizado. Mas o bom da história vem agora. Certa noite de insônia, Erick (filho de Thomas) teve uma visita um pouco demoníaca. Surgiu de trás da cortina uma mulher com um enorme buraco na cabeça elogiando o pai de Erick que de alguma forma ajudou a desvendar aquele mistério da foto.Pois aquela mancha era nada mais nada menos que Margareth (a mãe de Julia), que estava vigiando sua filha maldita.

Nosyel
02-04-2009, 02:52 AM
http://img.photobucket.com/albums/v116/sturdy/high5five/zombie-01.jpg

Oi, me chamo Onilson, tenho 20 anos, moro na região norte do Rio. Eu já tinha me decidido que não falaria disto com mais ninguém, entretanto, ao dividir minha experiência com as pessoas, provavelmente, me ajude a esquecer este absurdo e um dia quiçá e me sentirei melhor. É uma forma de desabafar.
Bem, o que ora passo a escrever, aconteceu comigo, meu irmão Charles e meu amigo Ricardo, há cerca de uns quatro anos, quando no final de uma festa, íamos para casa no meio da madrugada e nos deparamos com o bizarro.
O relógio marcava 3 horas da madrugada, o céu estava nublado e a noite estava muito escura, quando saímos de uma festa de aniversário em direção às nossas casas.
Claro, tínhamos bebido demasiadamente, mas por já estarmos acostumados, quase nem fez efeito tanta bebida. Então saímos e pegamos a pista. Após andarmos por certo tempo, Ricardo então disse: - Vamos pegar um atalho que conheço. Concordamos e fomos.
De repente notamos um cheiro terrível, podre e azedo. Subitamente enevoou e não conseguíamos ver mais nada. Meu irmão então disse:
- O que é aquilo? Olhamos e vimos vários cachorros passando de um lado para o outro como que guardando algo, entretanto eles pareciam estar mutilados. Então, logo um daqueles cães veio em nossa direção, qual não foi o nosso espanto ao ver que não tinha um dos olhos, entretanto, rosnou muito para nós. Ricardo pegou um pedaço de pau e jogou no animal, que se espantou e correu.
Meu irmão xingou e reclamou que pisou em algo melado. Percebemos que o chão estava todo melado com uma gosma bem nojenta, o mal-cheiro não parava.
Dali a pouco começamos a ouvir vozes desesperadas gritando: - Por favor! Por favor! Salve minha alma! Salve minha alma! Pensamos: é palhaçada de algum imbecil querendo nos assustar.
Infelizmente estávamos errados. Não existia ninguém brincando conosco. O que nos fez chegar a esta conclusão foi quando vimos várias pessoas nuas e deitadas no chão voltadas pra cima e mexendo com os braços, como que, se estivessem afogando.
Meu irmão gritou: É um acidente. Claro, não poderíamos nos permitir fugir tanto da realidade. Só poderia ser um acidente horrível com muitas vítimas.
Errados de novo. De repente chegamos bem perto pra ver o que era aquilo e concluímos que seres mutilados eram tragados pelo asfalto como que se afogando em um mar negro. Nossa fé nunca foi lá essas coisas, entretanto rezamos como monges ao assistir aquele absurdo. Mas não foi tudo, aqueles pobres desgraçados, exigiam nossa ajuda, alguns até pediam nossas almas.
Olhei para os dois, eles, com seus olhos esbugalhados, diziam: - Onilson, isto não está acontecendo! Diga que não está. ! Não conversamos muito, naquele momento corremos feito loucos, pois concluímos, sem dúvida, a visão clara do inferno com suas almas condenadas. No caminho vimos algumas pessoas, mas não tivemos coragem de contar. Poderiam achar que éramos loucos. Depois daquele dia parei de beber, de sair à noite e procurei uma religião. Meu amigo Ricardo morreu alguns meses depois, numa briga com um marginal por causa de uma garota e meu irmão viajou para o nordeste e fazem anos que perdi o contato total com ele. O divino foi meu maior testemunho e me protegeu de eu ser levado à loucura naquele dia infame...

Nosyel
02-04-2009, 02:55 AM
http://lh3.ggpht.com/_1gVCJEz4UHM/R8tzTOAHNZI/AAAAAAAADzg/O4AlSPdUGC0/s512/DSC04215.JPG

Nelson e Maria tinham acabado de se mudar para Fernandópolis que ficava no interior de São Paulo. O lugar era muito sossegado e bonito.
Maria havia comprado aquela casa com o dinheiro da aposentadoria de Nelson, que sempre foi muito trabalhador, mas ele tinha um grande problema, era alcoólatra. Talvez fosse por isso que Maria optou por comprar uma casa no interior, pois assim Nelson, agora aposentado, teria muitas tarefas para fazer, como carpir, cuidar da criação, etc...; O fato era que ele já estava muito debilitado da cachaça, e se continuasse em São Paulo sem trabalhar, ia acabar falecendo em virtude do álcool.
Durante a tarde, depois que ele cuidava de seus passarinhos, ia sempre ao boteco que ficava no bairro, para tomar umas e outras. E quando caia a noite, Nelson voltava para casa travado de bêbado. Foi numa dessas tardes que o inesperado aconteceu.
Maria acabara de lavar a louça do almoço, quando Nelson disse que ia no bar tomar só uma dose de pinga, (isso era pura mentira pois toda vez que ele saia para beber, eram doses e mais doses), foi até o barracão, pegou sua bicicleta "Barra Forte" vermelha e foi rumo ao bar. Chegando no bar, Nelson pediu sua primeira dose, foi quando entrou um velho e sentou-se do lado dele, esse tal senhor pediu uma dose também e começou a conversar com Nelson, bebida vai bebida vem, já eram quase seis horas da tarde Nelson disse para o velho que ia embora, mas o mesmo convidou-o para ir na sua casa, que ficava a poucas distâncias do bar que estavam. No princípio, Nelson disse que não, mas ai o velho fez uma proposta irrecusável para um alcoólatra. Disse que em sua casa havia algumas garrafas de Rum e Conhaque, Nelson ficou encantado com aquelas palavras e logo topou a proposta, afinal era horário de verão.
Nelson e seu recente amigo caminharam durante algumas horas, isso por que o velho disse que sua casa ficava a poucos metros do bar. Chegando finalmente à casa, Nelson se deu conta de que havia esquecido sua bicicleta lá no bar, mas ao ver as garrafas de bebida ele não ligou mais para a bicicleta que tanto gostava. Ficaram bebendo e conversando e aos poucos ficando mais bêbados ainda, quando se deram conta já eram onze e meia da noite, Nelson se despediu de seu amigo-de-copo e foi embora.
O caminho parecia estar totalmente diferente, pois além da embriagues ele não conhecia o lugar, afinal morava naquela cidade havia apenas três semanas. A escuridão o açoitava, o vento gelado parecia corta-lhe a pela e a bebida parecia subir à cabeça mais e mais. Foi quando, ao pegar uma ladeira, deu de frente a uma pista rodoviária. Agora Nelson estava mais desesperado do que nunca, pois eles não haviam passado em nenhuma pista rodoviária.
As enormes carretas passavam e só com o vento de sua velocidade derrubavam o pobre do Nelson. O seu desespero era tanto que começou a chorar, foi quando o macabro aconteceu. Já quase desistindo de que ia chegar em casa naquela noite, Nelson saiu da rodovia e entrou em uma clareira, ajeitou-se em uma moita e tentou dormir, mas ao firmar a vista em direção ao matagal, viu a figura de um enorme homem vestido de preto, com chapéu que parecia uma cartola muito elegante, vestia um casaco de couro negro e calçava uma bota que reluzia até naquela escuridão. Ao lado desse homem havia um menino que segurava sua mão direita. O menininho vestia uma capinha de chuva amarela e galocha.
No primeiro momento, Nelson pensou que aquilo era o efeito da pinga, mas foi mesmo assim em direção daquele misterioso ser. Ao chegar frente à frente com o homem, o bêbado perdido teve um enorme susto, o menino ao lado do homem não tinha rosto. Nelson ficou tão horrorizado que a bebisse passou na hora. O homem tranqüilizou-o dizendo para não ter medo, pois o menino é inofensivo.
Nelson se surpreende quando o enorme homem pegou na sua mão e disse que o levaria para casa, pois sabia aonde morava. O bêbado(que após o susto já não estava mais) fixou o olhar no rosto do homem e ficou pasmado, pois a criatura tinha olhos de fogo. Mas mesmo assim Nelson não fugiu pois a força que o homem segurava sua mão era tanta, que não havia nem como escapar.
Caminharam lado á lado por uma trilha, Nelson puxava conversa, mas ele não respondia. O homem segurava o garotinho com a mão direita, e com a esquerda segurava o assustado Nelson.
Para sua surpresa chegaram na casa em 15 minutos e para seu horror, quando se virou, as duas criaturas já não estavam mais lá.
Nelson entrou em casa todo sujo de lama, Maria estava dormindo no sofá, ao seu lado havia um cinzeiro com várias betumas de cigarro. Logo Nelson notou a preocupação de Maria.
Já se passaram 17 anos, e até hoje Nelson senta na sua varando com seu cigarro de palha e fica pensando o que era aquilo que o ajudou naquele momento de desespero. Será que era algum demônio que protege os bêbados ou será que era apenas fruto da sua imaginação.
Hoje Nelson não toma mais nada de álcool, e é uma pessoa muito pensativa, pois só ele e eu sabemos o que aconteceu naquela noite.

vladekmat
02-04-2009, 12:42 PM
muito boas as historias a que mais me impressionou foi o final de festa.

Nosyel
03-04-2009, 02:13 AM
http://3.bp.blogspot.com/_oPns68VCBpw/SPT-ai3eW9I/AAAAAAAAAg0/3CtYsWNsqHU/s400/cemiterio.jpg

Chamo-me Nelson Barbosa dos Santos, tenho 46 anos, casado e moro em Feira de Santana, na Bahia. O fato relatado por mim, nestas linhas, aconteceu comigo, minha esposa Cirema e minha sogra Delsuíta, há cerca de uns seis anos quando, Delsuíta resolveu fazer consultas com uma senhora em um Centro Espírita.
Ela começou a ter pesadelos com o marido que já havia falecido há anos. Neles, o via entrar no quarto vestido de preto, subir na sua cama e tentar estrangulá-la. Após inúmeras vezes, passando noites assim, tinha vezes que a coitada se dopava de café para não dormir. Ela, que não era muito religiosa, resolveu então ir fazer uma consulta com uma conhecida mediúnica.
O dia então chegou. Eu e minha esposa passamos na casa dela e a conduzimos ao Centro Espírita. Lá chegando, fiquei aguardando as duas fora do estabelecimento. As horas voaram. Logo ficou bem tarde da noite. Eu já estava sonolento quando ambas terminaram de ser atendidas. Assim, fomos para a parada do ônibus. Próximo ao ponto, cerca de uns sessenta metros, não pude deixar de notar um cemitério. Conversávamos para passar o tempo, quando notamos, ao longe, o vulto de um homem que se aproximava. Não seria nada demais, se não fosse pelo fato de que a certa distância, ele já aparentava ser bem alto, como se estivesse montado a cavalo. Logo começamos a ouvir seus passos. Incrível, ele tinha um pouco mais dois metros, imagino, usava um chapéu e um casaco preto, com algo que lembrava uma capa. Parecia ter saído de um filme.
Quando ele passou por nós, notamos que em seu rosto não existia vida nenhuma, parecia um boneco de cera (com grandes olhos negros) da pior qualidade. Pensei: - É uma brincadeira de mal gosto de algum miserável desocupado. Minha sogra gritou: - Não o encarem! É o guardião das almas perversas! Rezem, minhas crianças! Rezem! Desesperados, com os olhos evitando-o, rezamos trocando palavras mas sem parar. Ele então, deu um terrível urro, que mais parecia o de boi sendo esquartejado vivo. Minha esposa quase perdeu os sentidos, eu tremia dos pés a cabeça. De repente deu um vento fortíssimo levantou a poeira do chão numa espécie de roda-moinho e o espectro diabólico se dissolveu, um cheiro de coisa estragada tomou todo o ar a nossa volta. Minha esposa, então, voltou a si, então eu a coloquei em meus braços e nós três corremos para o próximo quarteirão, onde já se podia ver outras pessoas, que quando nos viram chegarmos assustados, logo perguntaram : - O que foi ? Minha sogra olhou para mim, como quem dizia: - Tome cuidado com que vai dizer. Eu então disse, para não acharem que éramos loucos: - Quase fomos assaltados. Alguns nos olharam desconfiados. Acredito que nossos olhos nos denunciavam para as pessoas que a verdade não era aquela.
Daí fomos para uma rodoviária, não falamos uma só palavra, esperamos até o dia amanhecer, fomos para casa e ficamos dias pensando se era ou não possível que dois mundos tão diferentes, o das almas e o dos vivos, se colidissem daquela maneira. Minha esposa nunca mais tocou no assunto. Minha sogra já faleceu há alguns anos.
Acredito que, naquela noite, pagamos um preço por termos nos arriscado tanto em um terreno onde nós não nos encaixávamos.

Nosyel
03-04-2009, 02:20 AM
http://pics.hi5.com/userpics/732/752/752062732.img.jpg

Chamo-me Antônio Jurandir, tenho 32 anos, moro em Cruzeiro do Sul-AC. Quase todas as pessoas que conhecemos já ouviram falar de bruxas, bruxaria ou feiticeiras. Entretanto pode-se dizer que nem a 30% delas acreditam nestas coisas. Bem eu também não. Até que um fato, ocorrido comigo há dois anos, me colocaria à prova e mudaria minha crenças.
Naquele ano eu estudava e trabalhava. Então não me restavam opções a não ser trabalhar de dia e estudar a noite. Com isso levei um ano sempre pegando praticamente o mesmo ônibus e consequentemente o mesmo motorista (Carlão) todas as noites. Já éramos até amigos. Muitas vezes só íamos eu, ele e o cobrador. Então teve um dia que Carlão não me cumprimentou. Achei que deveria ser um dia daqueles em que deve ter dado alguma coisa errada. Também não procurei puxar conversa.
No caminho pra casa ele parou num ponto e apanhou uma senhora bem magra vestida com uma roupa escura com um chalé roxo que aparentava ser muito velha. Ela entrou gratuitamente, por ser idosa. Então Carlão começou a reclamar: - Essas velhas ficam aí saindo de madrugada, podendo ser assaltadas, depois ficam aí reclamando. Também têm razão, é de graça. Só quero saber quem paga a passagem delas ? O cobrador olhou pra mim e fez um gesto com a cabeça censurando o colega por reclamar da pobre senhora que parecia ter idade pra ser tataravó de Carlão.
A velha senhora não se fez de rogada, começou a cantar baixinho, tirou da bolsa um vidro com algo que parecia ser um remédio, esfregou-o nas suas mãos e começou a falar umas palavras que mal dava pra entender. Digo isto, porque eu estava sentado bem próximo dela e a vi fazendo isto, que mais lembrava um ritual. De repente ela levantou do banco pediu pra parar e ao passar ao lado dele para descer do ônibus, botou a mão em seu ombro e desejou um ótimo final de noite.
Bem, passaram-se alguns dias até que depois de fazer umas cinco viagens sem ver meu amigo guiando o ônibus, perguntei ao novo motorista: - Onde estava Carlão? O rapaz então disse: - O Carlão pegou uma doença que o invalidou pra toda vida. Deu uma infecção nele que o deixou tetraplégico e o coitado inclusive nem fala mais. Você é amigo dele? Eu disse: - Sim, e lamento muito. Tentei ir ao hospital visitá-lo mas confesso que não fui por medo e pena. Preferi guardá-lo em meus pensamentos do jeito que ele sempre foi.
Pode ter sido coincidência, como pode também não ter sido também.
Já faz algum tempo que mudei de bairro e daquele dia pra cá, descobri que se a nossa fé no divino não for forte, é melhor tomarmos muito cuidado ao magoar-mos as pessoas, sendo elas, estranhos ou não.

Nosyel
03-04-2009, 02:27 AM
http://www.geocities.com/puroterror999999/moacyr.jpg

A noite de 5ª para 6ª feira estava fria e tenebroza, não sei se por que a solidão da madrugada me fazia ter pensamentos assustadores e então em cada encruzilhada que passava eu fazia o sinal da cruz demostrando ja todo o medo que se apossava de mim criado por minha própria mente.
Ja bem perto do meu destino parecia haver alguem me olhando e esta sensação aumentava o meu medo, resolvi então cortar caminho por um local mais escuro com arvores dos dois lados da rua e ao me aproximar de uma das encruzilhadas da qual venho me referindo percebi, que uma pessoa vinha em minha direção so que, flutuando, e ao chegar mais perto pude ver a sua deformação fisionomica, foi ai que comecei a rezar com toda fé que podia, mas nem assim aquela criatura desapareceu me virei e corri, corri e rezava, foi quando cheguei em casa e no portão da minha casa a figura estava plantada me esperando de braços abertos, foi ai que resolvi pegar meu crucifixo e rezar com toda fé até conseguir que a criatura sumisse.
(Este caso, se deu ha 26 anos atras).

Este caso ocorreu com Moacyr Miguel Corrêa Filho, pai do WebMaster Miguel.

Nosyel
03-04-2009, 02:28 AM
http://www.geocities.com/puroterror999999/1.jpg

A lenda da Bruxa de Blair: Em 1634, é fundada a pequena vila de Blair, nas colinas de Black Hills, nos Estados Unidos. Mais de cem anos após a fundação da vila, em 1785, Elly Kedward é acusada de bruxaria. No ano seguinte, seus acusadores e metade das crianças da cidade desaparecem. Os outros habitantes, temendo uma maldição, abandonam a vila e juram nunca mais tocar no nome de Kedward. Mas era tarde demais... Quase meio século se passou e o mal que havia em Black Hills permanecera adormecido. Nesse meio tempo, em 1824, é fundada Burkittsville, distrito de Maryland, no mesmo local da antiga Blair. No ano seguinte, porém, onze pessoas afirmaram ter visto a mão de uma velha empurrar o garoto Eileen Treacle, de apenas 10 anos, para dentro do riacho Tappy East. O corpo do garoto nunca mais foi encontrado. O mal volta a se manifestar. Em 1886, Robin Weaver, de apenas oito anos, é dada como desaparecida. Cinco homens entram na floresta de Black Hills em busca da pequena Robin. Seus corpos são encontrados mais tarde, em Coffin Rock, todos amarrados, estripados e em avançado estado de decomposição.

Nosyel
03-04-2009, 02:44 AM
http://www.contosdeterror.com.br/images/cao.jpg

Muitos dizem que é um ritual, aquele homem amarrado na sua própria casa. Mãos e pés unidos naquela corda que dilacera sua pele frágil. A dor e a humilhação é grande, pois ele estava nu. Ele grita e geme de dor, e só quem pode ouvi-lo são aqueles loucos, insanos e psicopatas, doidos por rock, além do seu velho companheiro.

Um cão, da raça papa-ovo, de cor preta e olhos avermelhados, observa seu dono ser torturado e morto. São cinco homens, cabeludos, tatuados e musculosos. Todos usavam roupas pretas e com uma estampa escrita bem assim: LOVE THE DEATH.

Eles são os autores dessa cena bizarra; mataram aquele homem na sua própria sala. Lá estava aquele corpo ao redor de várias velas, um corpo nu marcado por facas extremamente afiadas. E o único que não entendia nada era o seu cão, um animal irracional.

No dia anterior, a polícia achou o cadáver. Só não conseguiram desvendar quem foram os culpados daquela brutalidade. Ao lado do corpo encontraram um cão.

A família do falecido ficou com o corpo e eles fizeram um enterro digno. Ninguém nunca teve notícia do cachorro.

Os dias se passaram e algo de estranho começou a acontecer. Misteriosas mortes ocorriam na cidade.

Já era o segundo assassinato seguido, tendo como vítimas dois homens fortes e cabeludos, com pinta de roqueiros. A polícia só sabia que o autor desses crimes era um animal com dentes muito afiados.

Houve, mais tarde, a terceira e a quarta mortes, cujas vítimas tinham as mesmas características das outras.

Porém, na quinta morte a polícia conseguiu dar um tiro no responsável por esses crimes. Era um cão de cor preta, raça papa-ovo e com os olhos avermelhados que ainda conseguiu fugir.

E, ao mesmo tempo, era noticiado na televisão o fim de uma banda chamada LOVE THE DEATH, com todos os seus cinco membros assassinados por um animal que, descobriu-se depois, tratar-se de um cão, que ninguém sabe de onde veio.

No cemitério, em cima do túmulo do jovem morto naquele ritual, a polícia encontrou um cão, ensangüentado e morto por um tiro.

Até hoje, não se conseguiu desvendar esse mistério.

Nosyel
03-04-2009, 02:53 AM
http://www.contosdeterror.com.br/images/metamorfosefaleiro.jpg

1971 – Guerra de Angola.

O primeiro-tenente fuzileiro, Rocha comandava a companhia nº 23 do corpo de fuzileiros especiais, e esta era a sua segunda comissão na guerra do Ultramar.
A companhia procurava por uma pequena província a nordeste de Nambuangongo, onde se conservava um foco de resistência de contra-guerrilha. A informação que Rocha transmitiu aos homens foi bem clara: “eliminar esse grupo armado, cuja missão era produzir (e distribuir) propaganda politica pró-independência, que servia para incitar as populações a agirem contra os portugueses”. O que ele não lhes revelou (por ser altamente confidencial) foi que naquela mesma província, se estavam a realizar experiências biológicas, altamente perigosas, onde cruzavam animais com seres humanos. A sua missão individual era descobrir o laboratório onde se realizavam tais experiências e reunir toda a informação sobre esse caso em concreto.
A estrada por onde seguiam era pedregosa, acidentada e de difícil acesso. Mais à frente, o caminho estava obstruído por uma enorme fenda, que tornou impossível a progressão motorizada por aquele atalho. Isto obrigou a companhia a prosseguir a pé pela mata cerrada.
A progressão era lenta e a companhia seguia em duas colunas separadas, através de uma longa picada que se estirava pelo meio do mato denso e húmido.
Segundo os cálculos do tenente Rocha, eles estavam ainda a três quilómetros do objectivo. Ao aperceber-se que os seus homens já manifestavam alguma fadiga física, ele exigiu concentração total a todos. Rocha conhecia bem os seus pupilos e sabia que podia contar com todos eles. Já estavam perto, não seriam algumas centenas de metros que os haviam de quebrar.
A Selva entoava uma estranha orquestra, onde os ruídos selvagens ecoavam por entre a vegetação forte e compacta.
As aves noctívagas, que nunca se vêem, faziam-se ouvir através dos seus pios lamentosos, que contracenavam com as gargalhadas estridentes das hienas esfomeadas. Paulatinamente, aquela sinfonia selvagem foi-se quebrando, até ficar um estranho e soturno silêncio. Rocha já conhecia a selva e calculou que se aproximava algo perigoso – O quê, ela não sabia.
Preparou-se para alertar os seus homens, mas não foi a tempo. Um leão monstruoso, irrompera do meio do capim, lançando-se sobre os homens, com as garras ao alto, atacando-os com uma ferocidade brutal. Rocha, com toda a sua frieza, só teve tempo de apontar à cabeça da fera e disparar na sua direcção, fazendo-o tombar inerte no chão.
- Se o tenente tivesse hesitado, a besta teria arrancado a perna ao cabo Esteves. – Disse o sargento Raimundo.
- Não lhe ia dar esse gostinho – Respondeu serenamente.
Depois daquele incidente, a companhia retomou a sua marcha, e uma hora depois, alcançou o objectivo. A aldeia brotou no horizonte como que expelida do meio do mato cerrado e sombrio.
Um fedor de carne carbonizada invadiu as narinas daquele grupo de homens extasiados pela dureza da marcha que tinham feito para chegarem até ali.
Sentia-se no ar um estranho azedume de destruição e morte. O tenente Rocha reuniu a companhia e destacou uma equipa cinco homens para efectuar um breve reconhecimento. A restante companhia aguardou no local até receber ordens para avançar.
O Tenente Rocha avançou na frente da equipa. Ele cada vez mais estava convencido que algo de mau o esperava, mais adiante.
Caminharam alguns metros, e mais à frente, o que eles viram, era a marca indesmentível de que o Demónio tinha estado ali, isso era certo. As casas estavam queimadas e destruídas. Corpos humanos jaziam no meio das ruas, alguns completamente desmembrados, num cenário morbidamente lúgubre.
Ao longe, deslocavam-se umas estranhas silhuetas que se moviam sobre quatro patas. Arrastavam um cadáver já sem pernas, para longe. O tenente Rocha observou-as atentamente através dos binóculos, e concluiu que se tratavam de lobos, e não de cães, como antes lhe parecera.
“Lobos, aqui em Angola?”, questionou-se. Ele sabia da existência destes animais no Nordeste, mas não naquela região. Algo estava errado.
Não conseguia entender o que poderia ter acontecido ali. Jamais tinha assistido a algo tão macabro. “Quem poderia ter perpetrado aquelas atrocidades todas?”, indagou ele, tentando encontrar uma resposta lógica, que justificasse a destruição total de uma aldeia e o aniquilamento de todos os seus habitantes.
Por fim, deu ordens à restante companhia para avançar e patrulhar todo o perímetro.
Rocha começou por vasculhar todas as casas e recintos, em busca do tal laboratório secreto que fazia parte da sua missão individual. Introduziu-se numa residência abandonada que tresandava a corpos putrefactos. Havia sangue nas paredes e vísceras espalhadas pelo chão. O tenente Avançou mais para diante, até que subitamente sentiu o chão a perder firmeza sob as suas botas. Baixou-se e Investigou o solo com as mãos. Sob o soalho de madeira achou um alçapão que escondia uma entrada subterrânea. Descerrou-o e encontrou uma passagem para uma cave. Acendeu a lanterna e desceu as escadas que comunicavam para esse piso subterrâneo.
Tratava-se de um «bunker» com um corredor bastante comprido.
Progrediu por ali fora até que descobriu um gerador eléctrico que ainda tinha algum gasóleo no tanque. Não demorou mais de um minuto para o pôr a funcionar. Depois procurou o quadro eléctrico na parede e, um-a-um ligou todos os disjuntores, até deixar o «bunker» completamente iluminado. A claridade permitiu que se observassem umas pequenas divisões gradeadas que encerravam alguns animais. Eram lobos, e estavam todos mortos!
Mais à frente apresentava-se uma pequena divisão com cerca de 12 metros quadrados, cujas divisórias eram emparedadas com vidro bastante grosso.
A porta estava destrancada, e o tenente Rocha empurrou-a devagar. Não havia descrição para o horror que se expôs à sua frente.
Era o laboratório onde se efectuavam as tais experiências macabras. Havia sangue espalhado por cima das bancadas. Dentro de um reservatório prostrava-se um lobo cadáver. O seu corpo estava completamente ressequido, e mesmo ao lado, apresentava-se uma prateleira com dezenas de tubos de ensaio que armazenavam pequenas amostras de sangue!
Lutou com o seu cérebro para que este se abstraísse daquele cenário tenebroso. Procurou informações concisas que indicassem que tipos de experiências se realizavam ali. Seguidamente revistou um armário metálico que guardava diversos dossiers. Abriu uma das pastas e leu o seu conteúdo. Eram apontamentos que descreviam o teor das ditas experiências, bem como o resultado das mesmas.
A explicação para tudo o que ele vira lá fora, expunha-se ali mesmo à sua frente. Aqueles selvagens andavam a injectar compostos químicos que misturavam sangue lupino com alguns anabolizantes, para aumentarem os níveis de agressividade nos seres humanos. Tudo isto para tornar os soldados mais agressivos, e atacarem os inimigos cheios de raiva, sem qualquer medo. Mas o que resultou dali foi um canibalismo total, em que acabaram por se agredirem uns aos outros, destruindo tudo em seu redor. O corpo do fuzileiro enregelou-se quando se percebeu de toda a monstruosidade que o rodeava. Nem mesmo os coronéis em Lisboa, deviam imaginar o que se passava ali, quando decidiram envia-lo para aquela missão.
Inesperadamente, as suas especulações foram interrompidas por uma comunicação rádio. Era o Sargento Raimundo que solicitava a sua presença urgente. O pelotão «Alfa» tinha encontrado algo.
Quando chegou local, deu com mais um cenário macabro, diante dos seus olhos incrédulos. Corpos humanos jaziam uns sobre os outros, desfeitos em pedaços, completamente dilacerados pelos dentes e garras dos lobos esfomeados.
No seio daquela tragédia, conservava-se ainda com vida uma criança visivelmente efémera. O inocente chorava, gesticulando os seus braços ossudos, evidenciando um claro desespero, o que fez com que o tenente Rocha se aproximasse dele para o acalmar; afinal tinha perdido os seus pais, que jaziam ali mesmo à sua frente. Ao tentar agarrar-lhe os braços, foi inesperadamente mordido na mão direita. De seguida a criança, que já se tinha transfigurado atirou-se a ele e ferrou-o, agora no braço esquerdo. Parecia um cão atiçado, tal não fora o vigor selvagem das suas dentadas.
Pela primeira vez, em toda a sua carreira militar, os seus instintos estavam a atraiçoa-lo. O treino rigoroso de fuzileiro sempre o obrigara a enfrentar todo e qualquer desafio, mas agora sentia algo estranho... medo!?
«Aquilo» não era uma criança normal, ela tinha-se transformado em algo terrivelmente indescritível. O tenente sacou da sua pistola «Walter» para o matar, mas inesperadamente, a criança voltou a abater-se sobre a sua própria fragilidade, e os seus olhos observaram o tenente com um ar penoso.
Rocha ficou a ver a vida do inocente a esvair-se dos seus olhos pequenitos, mas terrivelmente medonhos.
A “revolução dos cravos” irrompera pela vida dos portugueses como um relâmpago através do céu nocturno.
As pessoas tinham saído à rua para comemorar a vitória da liberdade e da democracia sobre a opressão e a ditadura.
José Rocha tinha sido desmobilizado da guerra e voltara para Portugal, tal como milhares de outros soldados que agora regressavam à vida que tinham deixado para trás, antes de serem obrigados a combater na maldita guerra.
Agora só pensava em abraçar Leonor, a namorada que deixara desfeita em lágrimas quando partiu no navio “Vera Cruz”, naquela manhã fria de Janeiro de 68.
Pretendia também voltar para o emprego que tinha na Siderurgia Nacional, onde tinha trabalhado como serralheiro. Ele era ainda um jovem. Agora estava de volta à vida urbana. Sentia-se vivo e cheio de vontade de devorar a vida.
Mas nem tudo estava como ele sonhava. Oh não, de maneira nenhuma. O pior dos pesadelos ainda estava para acontecer.
Logo na manhã seguinte ao seu regresso, o jovem Rocha vestiu a sua melhor farpela e saiu de casa em direcção à residência da sua querida e saudosa Leonor. Pelo caminho, parou numa florista e comprou um arranjo de rosas vermelhas, as favoritas dela.
O prédio onde ela morava ficava a dois quarteirões abaixo do seu, por isso, foi num instante que ele chegou à sua porta, onde bateu com suavidade. O seu corpo vibrava com tantas saudades.
Do outro lado da porta surgiu um indivíduo fininho com ar patético e convencido.
- O que deseja? – Perguntou ele, asperamente.
- Quero falar com a Leonor. Não se importa de a chamar?
- Ela não está...mas já agora, quem és tu? – Inquiriu o outro, olhando-o com um ar desdenhoso.
- Eu sou...espera lá!... – Impacientou-se – E quem és TU? – Perscrutou Rocha, robustecendo o seu tom de voz.
- Eu sou o marido de Leonor!
A frase atingiu-o como uma bala que lhe penetrara pela cara dentro. A sua garganta gelara-se e ele não conseguiu dizer mais nada. O ex-militar decidiu voltar costas.
“Como pôde ela ter-me feito uma coisa destas? Eu amava-a, e prometi-lhe voltar vivo e inteiro. Daríamos o nó assim que eu voltasse... ”
Estas questões abateram-se fervorosamente sobre a sua cabeça.
No dia seguinte, Rocha apanhou o autocarro para “Paio Pires”, e dirigiu-se à siderurgia Nacional, empresa onde tinha trabalhado alguns anos, antes de ser chamado para a tropa, e depois para a guerra. Agora, pretendia recuperar o seu posto de trabalho.
Chegou à portaria e pediu para falar com o encarregado da serralharia civil, o senhor Figueiredo. Um pouco depois, apareceu-lhe pela frente um tipo gordo e de cabelo desgrenhado.
- Chamo-me Baltazar. Estou a substituir o «velho» Figueiredo, que Deus tem... – grunhiu ele.
-Que aconteceu ao senhor Figueiredo? – Apressou-se a perguntar.
- Bateu a bota. – Respondeu ele com ar de desprezo. – Mas o que queres tu?...Emprego?
- O quê?... Mas como... – Rocha balbuciou, um pouco chocado com a notícia.
- Mas o que fazes tu? – Interpelou.
- Eu sou serralheiro, e... – redarguiu ele, nervosamente.
- Não há emprego rapaz! – Interrompeu o gordo com um escárnio repugnante - Tenho apenas uma vaga para as limpezas. Estás interessado?...
José Rocha acabou por voltar costas e vir embora.
Ele não queria imaginar sequer que a sua vida se pudesse transformar naquele inferno, apenas de um dia para o outro.
Pela primeira vez, desde há muito tempo, sentiu-se triste e só. Começou a imaginar que podia ter morrido com uma bala na cabeça durante a guerra de Africa, e essa ideia perfurou-lhe o espírito, como um consolo mórbido e cruel.
Regressou a casa nessa tarde, cansado e bêbado, pois tinha-se encharcado em cerveja pelo caminho, até ficar completamente “liso”. Por fim, caiu na cama e adormeceu logo, para não ter que pensar em mais nada.
A lua cheia perturbou a noite com a sua magnitude perversa e esse mistério nocturno interrompeu-lhe o sono pesado, levando-o a erguer-se da cama num grande impulso irracional.
Procurou uma explicação para aquela desordem súbita, mas a irracionalidade tomara-lhe conta do espírito. Em compensação, o seu corpo irradiava uma força brutal e uma energia desconcertante. Sentia-se mais vigoroso do que nunca. Tinha fome. Oh, mas não era uma fome qualquer – Sentia um apetite voraz, por sangue e carne crua.
- O que está a acontecer comigo?...Os meus braços estão mais volumosos e...peludos. E os meus dentes!? Oh, céus! Os incisivos avançaram até ao lábio inferior! - Gritou ele.
Contemplou a lua e soltou um uivo estridente, que rompeu com o silêncio nocturno.
Um pesadelo!
Tudo não passara de um pesadelo horrível.
José Rocha levantou-se e suspirou entre suores frios. Mas nem tudo fora um sonho. Ergueu-se da cama e colocou-se diante do espelho. E foi com terror que se apercebeu que tinha os olhos desmesuradamente rasgados e negros. Reparou também que as suas mãos se tinham transformado em garras gigantescas, e que as suas unhas agora estavam mais compridas, tendo adquirido um tom negro, desde a raiz até ao rebordo. Interiormente, havia algo que o incomodava e persistia – A Fome. Não era uma fome vulgar, daquelas que se sacia num frigorífico atestado de comida. Não!
Crescia nele um desejo incontrolável por carne crua e sangue, associada a uma impiedosa vontade de matar que o arrastava para uma loucura alucinante.
Galgou pela janela fora como uma flecha incandescente em busca de uma vítima. Mas ele não pretendia atacar um inocente qualquer, não!
Agora, aqueles que o tinham traído e desconsiderado, seriam os primeiros a ser “julgados” e a sofrer o castigo que lhes era merecido. Corria-lhe nas veias, uma excitação mórbida, associada a um ímpeto de retaliação, que ele já não conseguia, nem queria dominar.
Demorou poucos minutos até chegar à moradia de Leonor, e quando lá chegou não perdeu tempo a bater à porta. Desta vez irrompeu pela janela das traseiras e enfiou-se pelo quarto dela a dentro. O barulho desconcertante do abalroar da janela, obrigou o casal a acordar num pânico delirante.
Fitos o finório que lhe roubara a sua querida Leonor. Tinha-a conquistado de forma cobarde, aproveitando-se da sua fragilidade e carência afectiva, enquanto ele combatia pela pátria, no meio da selva.
O finório apossou-se de uma carabina e tentou disparar contra o intruso, mas Rocha transformara-se num animal selvagem, cujos instintos e destreza, não permitiram ao seu opositor ter tempo sequer para pensar. Pulou para cima dele e atingiu-o com o vigor brutal das suas garras, abrindo-lhe um rasgão profundo, que lhe cortaram o peito em duas metades. De seguida, ferrou-o com uma dentada selvagem, que lhe mutilou o braço direito. O finório berrou de terror enquanto o sangue se esguichava em torrentes do membro amputado. Agora, aquele já não era o mesmo ser desdenhoso que humilhara o ex-fuzileiro no dia anterior em que o despachara, como se ele fosse alguma “testemunha de Jeová” – Não! Agora, o finório era uma pobre vítima nas garras daquele lobo colossal e sanguinolento,
Por fim, acabou-lhe com a vida, quando lhe ferrou os dentes arreganhados e maciços no pescoço, mais precisamente na zona da veia jugular, e lhe sorveu o sangue até à última gota.
O rosto belo e gentil de Leonor transfigurara-se num cariz de horror e pânico, perante aquela carnificina canibalesca. Rocha já tinha abandonado o cadáver do sonso. Agora encarava Leonor de frente.
- Rocha... Eu amo-te! – Suspirou ela, num tom de súplica.
-Porque me esqueceste? – Roncou.
- Pensei que não voltavas mais...
- Lembro-me de te ter prometido que voltaria...
- Desculpa!... – A voz dela embargara-se nas lágrimas que lhe escorriam pela face. Considerou deixá-la viva. Depois ponderou pedi-la em casamento, conforme lhe tinha prometido em tempos. Mas mesmo antes de terminar as suas reflexões, já as suas garras lhe tinham desmanchado a cara, outrora...encantadora. Leonor ainda tentou implorar pela sua vida, mas a traidora não merecia misericórdia, por isso, esquartejou-a como se fosse uma porca, num banquete alentejano.
Fê-la sofrer, em cada um dos golpes que lhe desferiu, até escutar o seu último suspiro. O suspiro da morte.
Agora, Leonor já não pertencia ao mundo dos vivos. Parecia que descansava profundamente, o que lhe trouxe à memória os tempos em que ela dormia em paz ao seu lado. Por fim, lançou o seu olhar perverso para os cadáveres rasgados e uivou pela noite como que a chamar por outros semelhantes a ele.
Escapou-se dali, sorrateiramente de forma a evitar qualquer estardalhaço para que ninguém desse por ele. Saltou sobre a cobertura e prosseguiu, caminhando sobre joelhos e mãos. Pulou de telhado em telhado, até se deparar com o rio, mesmo à sua frente.
Percorreu o pontão até ao fim, e dali apossou-se de uma pequena embarcação que se encontrava atracada sobre a amurada. Depois remou sofregamente, até à outra margem do rio.
Chegado a terra, deixou que o seu faro aguçado o levasse até aquele homem nojento que se rira na sua cara, naquela tarde.
Não foi difícil dar com ele, pois havia uma “casa de putas” ali na zona, que era bastante frequentada, principalmente por alguns encarregados da Siderurgia, e foi para lá que o seu faro o guiou. Escondeu-se dentro de um carro abandonado, e foi ali que esperou pelo gordo, que acabou por sair pouco depois.
Rocha observou-o com atenção, depois abandonou o carro e seguiu-o com cautela. O gordo cambaleava, pois estava bêbado nem um cacho. Vivia num bairro social que ficava mais a sul, e para encurtar caminho, costumava enfiar-se pelo matagal dentro. Todas as noites o percurso era o mesmo. Nunca tinha tido quaisquer problemas. Caminhava descontraidamente com as duas mãos nos bolsos e assobiava um fado da Amália.
Rocha aproximou-se. O gordo apercebeu-se de um ruído estranho por trás dele e isso fê-lo calar-se. Rocha saltou para a frente, na sua figura assombrosa e prendeu-o entre as suas garras robustas.
- Lembras-te de mim, idiota? – Perguntou.
- Não. Quem és tu, mascarado de idiota, pensas que me assustas?
- Tivemos uma pequena conversa, esta tarde....
- Ah, já me lembro de ti. És o gajo que quer trabalho. Já te disse que tenho uma vaga para as limpezas... – Ironizou.
O gordo nem teve tempo de terminar a frase. Rocha desferira-lhe um soco de tal modo potente, que lhe desfez o maxilar. O gordo desatou aos berros agarrado ao resto da cara, que ainda lhe restava. De seguida, Rocha deu-lhe um golpe no estômago, que o fez jorrar as vísceras todas para fora. Por fim, chacinou-o selvaticamente em todas as partes do corpo, até ele ficar transformado num monte de carne conspurcada.
Rocha olhou para o céu estrelado e viu que a lua se tinha degradado no firmamento.
Aquela sede sangrenta, bem como aquela estranha demência, tinha-se esgotado no seu corpo e na sua mente. Voltou a sentir uma calma interior, que o levou novamente a sentir-se só. Tinha de regressar a casa. Queria que aquele delírio cruel o libertasse, para voltar a ser o homem “normal” que sempre fora.
Caiu na cama antes do relógio da igreja irromper pela madrugada, anunciando as sete da manhã. Dormiu longa e tranquilamente até ao fim da tarde desse mesmo dia. Depois, quando despertou, recordou-se logo de tudo o que tinha acontecido na noite anterior. Por fim, chorou.
Não encontrava forma de viver com o seu arrependimento. Apercebeu-se de uma grande agitação na rua. Foi à janela e viu uma multidão a aglomerar-se para lhe cercar a casa. Havia uma batida geral para o matar. Homens e mulheres empunhavam lanças, alabardas, arcabuzes e bastões, numa fúria incontrolável para o apanhar.
Oh, como ele desejava voltar a ter uma vida normal. Ele sabia que estava doente. A excitação pelo sangue e pela carne crua, assolava-lhe a alma e embrenhava-se nos seus ossos, deixando-o à beira da loucura. Não percebia o que lhe tinha acontecido, mas concerteza, fora infectado por alguma doença...Possivelmente, o miúdo que o mordera em Africa, teria sido a causa do seu flagelo.
“Teria sido isso?”, pensou ele, recordando-se daquele episódio macabro que vivera durante a guerra. A imagem daqueles cadáveres completamente dilacerados regressou-lhe à memória. Corpos humanos que serviram de cobaias para aquelas experiências pavorosas, todos infectados por um vírus mortal. Por fim, os mentores daquela invenção macabra, terá tomado a decisão de dizimar a aldeia, pois sabiam, melhor que ninguém, que não havia cura para a praga que se desenvolvera a partir daquilo, que acabou por gerar um genocídio completo.
Agora era ele quem estava a padecer, e em consequência disso, estava a causar sofrimento aos outros também. Era como se estivesse num centro de um remoinho, numa espiral que o sugava para o vórtice da loucura e demência total.
Então, só lhe restavam duas saídas:
Ou continuava a matar até ser preso, ou então... apontava uma pistola à cabeça e carregava no gatilho...