Vizualizar Versão Completa : EUA: mais de 90% se preocupam com privacidade online


tpcs_90
20-03-2009, 02:07 PM
Enquanto ocorrem debates sobre privacidade online, uma nova pesquisa indica que a questão é uma preocupação dominante entre os americanos. Mais de 90% dos pesquisados consideraram privacidade como "realmente" ou "um pouco" importante, de acordo com pesquisa com mais de mil americanos conduzida pela TRUSTe, organização que monitora as práticas de privacidade de páginas da web de companhias como IBM, Yahoo e WebMD por uma taxa.
Quando questionados se estavam confortáveis com o targeting comportamental (quando anunciantes usam o histórico de navegação ou pesquisa de uma pessoa para decidir qual propaganda mostrar para ela), apenas 28% disseram que estavam. Mais da metade disse que não estava. E mais de 75% dos entrevistados concordaram com a afirmação: "A internet não é bem regulada e usuários ingênuos podem ser passados para trás".
A pesquisa chega em um momento agitado. O debate sobre propaganda comportamental tem se intensificado, com grupos do setor tentando evitar a intervenção governamental ao criar seus próprios padrões regulatórios. Ainda assim, alguns congressistas e a FTC (Comissão Federal do Comércio) estão questionando se existem salvaguardas suficientes acerca da prática.
No mês passado, a FTC revisou suas sugestões de regras de propaganda comportamental para o setor, propondo, entre outras medidas, que sites divulguem quando estão participando da propaganda comportamental e obtenham a permissão dos consumidores para tal.
Um membro da FTC, Jon Leibowitz, alertou que se o setor não respondesse, a próxima ação seria a intervenção. "Sendo direto, isso pode ser a última chance para mostrar que a auto-regulação pode, e vai, efetivamente proteger a privacidade dos consumidores", disse Leibowitz, senão "será um convite para legislação congressual e uma atitude mais regulatória de nossa comissão".
Algumas companhias de tecnologia estão fazendo suas próprias mudanças. O Yahoo recentemente encurtou o tempo que mantém os dados derivados de buscas dos usuários. O site também está incluindo um link em alguns anúncios que explica como o histórico de navegação do internauta resultou no anúncio mostrado.
O Google, enquanto lança seu próprio sistema de propaganda comportamental, está dando aos consumidores acesso a quais informações o site reuniu sobre ele com propósitos publicitários. Dada a preocupação com privacidade na pesquisa da TRUSTe, o conhecimento dos pesquisados sobre como se proteger na Internet era relativamente baixo, disse Alissa Cooper, cientista-chefe de computação do Center for Democracy and Technology, um grupo de liberdades civis que apóia uma lei de defesa à privacidade do consumidor.
"Parece haver pouca conscientização", disse Cooper após examinar a pesquisa. Os consumidores podem não saber "quanta informação está sendo coletada, nem quais. Pode haver um alto nível de compreensão, mas não o bastante para dar-lhes a chance de uma escolha consciente".
Por exemplo, apenas 15% dos que responderam lêem as políticas de privacidade de websites na maioria das vezes. Menos da metade freqüentemente checam sequer se os sites têm políticas de privacidade, segundo a pesquisa.
Os entrevistados usam várias táticas para ficarem mais anônimos na Internet. Quarenta por cento usam um navegador que apaga cookies e o histórico de sites visitados. Mais ou menos o mesmo número utiliza softwares que deixam seu uso da web anônimo.
Cerca de um terço dos pesquisados disse escolher a opção "não lembrar" em sites que a oferecem; 11% usam um servidor proxy para mascarar o endereço na internet do computador que utilizam; e 36% dão informação falsa quando se registram em sites.
Mais da metade das respostas dizia que o governo deveria ser "completamente" ou "muito" responsável pela proteção da privacidade online individual. Mas havia também uma observação sobre responsabilidade pessoal: mais de 75% das respostas diziam que os indivíduos também deveriam ser completamente ou muito responsáveis na proteção de sua própria privacidade.

Créditos www.terra.com.br/tecnologia (http://www.terra.com.br/tecnologia)
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