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Antigo 02-12-2008, 01:27 PM
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Padrão Celulares: quem tem os melhores aplicativos?

Celulares: quem tem os melhores aplicativos?

Não basta mais apenas produzir o celular mais bonito, e nem mesmo o mais fácil de usar

A concorrência entre fabricantes de celulares e operadoras de telefonia móvel é cada vez mais para determinar quem oferece mais e os melhores aplicativos.

A App Store da Apple tornou o iPhone ainda mais útil ao facilitar o download de aplicativos, muitos dos quais gratuitos, direto para o aparelho. Os usuários competem para descobrir o aplicativo novo mais bacana e se exibir diante dos amigos. Quem tiver um celular mais primitivo vai ficar estalando os dedos enquanto os amigos jogam golfe ou aprendem francês com o celular. Se quiserem o aplicativo, terão de comprar o aparelho.

"Aquilo que se pode fazer com um celular leva as pessoas a comprar", diz Matt Murphy, da Kleiner Perkins Caufield & Byers, uma empresa de capital para empreendimentos que está investindo US$ 100 milhões em aplicativos para o iPhone. "O aparelho com os melhores aplicativos vencerá".

Quase todos os grandes protagonistas do setor de telefonia móvel planejam concorrer com a muito popular App Store. O Google recentemente anunciou o Android Market, que venderá aplicativos para aparelhos com o sistema operacional Android para celulares que a empresa desenvolveu e já está em uso no T-Mobile G1. Novos modelos dotados do Android devem chegar ao mercado em 2009.

No segundo trimestre, a Research in Motion, fabricante do BlackBerry, lançará uma loja de aplicativos para seus populares aparelhos. A Palm também está repensando sua estratégia no que tange a aplicativos para celulares. E a Microsoft está começando a criar uma loja de aplicativos para os celulares equipados com o Windows Mobile.

Trata-se de uma mudança de cultura entre os consumidores, que em apenas 12 meses aderiram com força aos poderosos computadores de bolso. Agora eles desejam ter nos celulares as mesmas funções - jogos e vídeos, por exemplo - que se acostumaram a usar nos computadores. E evidentemente desejam certas coisas que nem os computadores são capazes de fazer.

Como transformar um celular em uma ocarina. O Ocarina, um dos aplicativos mais vendidos do iPhone, permite isso. Quando o programa de US$ 0,99 é instalado, o usuário pode assoprar no microfone, mover os dedos pela tela de toque e tocar o celular como uma flauta. O software também informa aos usuários onde mais alguém está tocando uma ocarina virtual no iPhone, e qual é a canção. Mais de 400 mil usuários do iPhone baixaram o aplicativo.

Aplicativos como esses não são novidade. Dez anos atrás, os criadores de software produziam para os aparelhos Palm aplicativos simples como guias sobre drinques e calculadoras de estenose arterial para médicos. A Palm diz que tem mais de 30 mil programadores ativos, e a Microsoft que existem mais de 18 mil aplicativos para os celulares acionados pelo Windows Mobile.

Mas não existe uma loja de fácil acesso que os distribua. Desde julho, a Apple já ofereceu mais de oito mil programas em sua App Store, e o total de downloads é de 200 milhões; 90% dos usuários do iPhone baixam aplicativos.

A Apple fica com 30% da receita da loja, mas o objetivo dos aplicativos não é gerar dinheiro. A oferta serve a um propósito mais valioso: ajuda a Apple a vender mais celulares. Não admira, portanto, que as demais fabricantes estejam correndo para seguir seu exemplo. Mas cada uma decidiu encarar o mercado à sua maneira.

A Apple exerce forte controle sobre o desenvolvimento de aplicativos para o iPhone. Aprova cada programa e já retirou aplicativos da loja abruptamente e sem explicação. Os programadores assinam um compromisso de sigilo.

Já o Google permite que quase tudo seja distribuído. Os usuários podem apontar aplicativos inadequados mais ou menos como os usuários do YouTube identificam vídeos de conteúdo impróprio, e nesses casos o Google os remove.

O método oferece mais latitude aos programadores. Caso ninguém se queixe de um aplicativo pornográfico, por exemplo, a tendência é que ele não seja removido, disse Eric Chu, gerente de marketing do Android Market, que até agora oferece 300 aplicativos. Os aplicativos do Android serão oferecidos para diversos celulares, e os da Apple só funcionam no iPhone.

No caso do Android, o aplicativo mais popular é o ShopSavvy, que permite que usuários registrem os códigos de barra de quaisquer produtos usando a câmera do G1. O serviço procura o melhor preço para o item online, e transmite a informação ao aparelho.

O Google diz que não fatura com os aplicativos. No mercado do Android, a receita é rachada entre os programadores, que ficam com 70%, e a operadora de telefonia móvel.

"Nosso objetivo para o Android não é fazer dele uma fonte de lucros", afirma Chu. O Google em lugar disso quer que a base de aparelhos usuários de seu sistema operacional se expanda ao máximo sem interferência de enxeridos. "A boa notícia é que isso oferece mais escolha aos programadores", ele diz.

A batalha envolve tanto a conquista de bons programadores quanto a de consumidores. Quando operadoras de telefonia móvel como AT&T e Verizon Wireless controlavam ferrenhamente que aplicativos podiam ser carregados em seus celulares, elas restringiam a inovação, dizem executivos do Vale do Silício.

"No passado, não se sabia nem onde procurar informação", disse Murphy. Para obter sucesso, os programadores tinham de oferecer seus produtos fora das operadoras de telefonia móvel, diz Chu. "O problema crucial a resolver era como vender diretamente aos usuários".

A Apple mostrou o caminho, e as atitudes das operadoras mudaram. "Queremos eliminar os obstáculos ao trabalho com os programadores", disse Mark Collins, vice-presidente de produtos de voz e dados da AT&T.
Mas existe outro motivo para o entusiasmo recém-descoberto.

Agora que mais de 90% dos norte-americanos têm celulares, a AT&T e a Verizon precisam atrair usuários das rivais para crescer. Vender aplicativos é uma maneira de as operadoras diferenciarem entre seus serviços e os das rivais e de reforçar a lealdade dos clientes.

A Research in Motion também planeja mudar o foco do BlackBerry para mais aplicativos destinados aos usuários, e pretende abrir uma loja de aplicativos em março. Os executivos da empresa afirmam que poderiam tê-lo feito mais cedo, mas que não existia demanda.

"As pessoas não estavam pedindo por nada parecido", disse Jeff McDowell, vice-presidente de alianças mundiais na Research in Motion. "Não íamos colocar em risco o valor de nossos clientes empresariais pela oportunidade de agir no mercado ao consumidor".

Os criadores de software, que desejavam divulgar seus produtos para o maior número possível de usuários, persuadiram a empresa a abrir uma loja online de aplicativos. "Nossos parceiros nos arrastaram a esse mundo", diz McDowell. E a decisão resultou em benefícios adicionais, embora inesperados, em termos de relações públicas.

No passado visto como produto dirigido principalmente aos adeptos mais avançados de tecnologia, o BlackBerry agora entrou na moda entre os jovens que querem aplicativos para encontrar os melhores bares e casas noturnas. "Em função dos interesses dos nossos usuários", diz McDowell, "nos tornamos muito mais bacanas sem planejar".

creditos: terra
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guinho w.a (02-12-2008), Nosyel (08-07-2009)
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